Já fui criticado, aqui mesmo no blog, por reproduzir os artigos de Emílio Odebrecht na Folha de São Paulo simplesmente porque ele é representante de uma das maiores empreiteiras do país. Ora, ora! Nem vou comentar. Faço o registro para destacar que é exatamente por isso que publico seus textos. Além de conhecer de perto o trabalho e a filosofia do Grupo Odebrecht (hoje muito mais que uma gigantesca construtora), onde poderia encontrar alguém com a experiência dele, como engenheiro, empresário e poderoso homem de negócios que se dispusesse a escrever sobre assuntos nos níveis mais altos do mundo corporativo?
Não foi à toa que a Folha de São Paulo o convidou para escrever uma coluna três domingos por mês. Vamos em frente.
Neste artigo Odebrecht aborda dois aspectos importantíssimos para quem queira alcançar o topo da carreira no universo corporativo. Seja "pessoa" jurídica ou física. Obviamente ele se refere às empresas, mas o que escreve pode ser transferido ipsis literis para os profissionais que investem em suas carreiras. Falo de Qualidade e Produtividade. Vamos ler o que ele pensa sobre o assunto.
Não foi à toa que a Folha de São Paulo o convidou para escrever uma coluna três domingos por mês. Vamos em frente.
Neste artigo Odebrecht aborda dois aspectos importantíssimos para quem queira alcançar o topo da carreira no universo corporativo. Seja "pessoa" jurídica ou física. Obviamente ele se refere às empresas, mas o que escreve pode ser transferido ipsis literis para os profissionais que investem em suas carreiras. Falo de Qualidade e Produtividade. Vamos ler o que ele pensa sobre o assunto.
Mantendo a qualidade
EMÍLIO ODEBRECHT
Nunca será demais falarmos o quanto alguns setores da economia brasileira evoluíram nas últimas duas décadas, inclusive quanto aos ganhos de produtividade.
Desde o final dos anos de 1980, empresários e trabalhadores, com o apoio de instituições públicas e privadas, têm investido continuamente no aperfeiçoamento das rotinas de produção de bens e de prestação de serviços.
Maquinário novo foi colocado no chão da fábrica de muitas empresas e operários passaram por inúmeros programas de qualificação e de reciclagem profissional. Hoje, em vários segmentos, algumas de nossas indústrias despontam entre as melhores do planeta.
Na agricultura, graças aos esforços de proprietários de terras e às pesquisas da Embrapa, temos liderança inconteste, principalmente na produção de grãos e de carne.
No setor de serviços, foram notáveis os avanços do Brasil. Nossas construtoras destacam-se entre os grandes exportadores do país, e a engenharia nacional é reconhecida em todo o mundo pela capacidade tecnológica e pela competência das equipes.
Porém é fundamental que nos empenhemos para que tal patrimônio não se perca nos tempos de crise. Não podemos permitir que a falta de investimentos envelheça nosso parque industrial, nos defase tecnologicamente ou deixe os profissionais desatualizados em relação à evolução em suas áreas de especialidade.
Tempos difíceis e necessidade de racionalização de custos não podem ser pretextos para a perda de um padrão de qualidade tão arduamente alcançado.
Para tanto, o incentivo do poder público, em suas diversas esferas (municipal, estadual e, especialmente, federal), pode ter importância decisiva. As obras do PAC, por exemplo, que já vêm desempenhando papel relevante na manutenção e na ampliação da infraestrutura, podem servir também ao propósito de formar as pessoas de que o Brasil precisará para enfrentar os desafios do futuro.
Ações estruturadas nesse sentido certamente terão o efeito de uma injeção de confiança nas empresas que há alguns meses viveram o drama da escassez de profissionais qualificados e hoje se veem na iminência de reduzir os seus efetivos.
A perda da produtividade que tem assegurado o atendimento de nossas necessidades de consumo e gerado excedentes para exportação é um risco que não vale a pena correr.
As gerações futuras, para incrementar o crescimento qualificado a partir do patamar que alcançamos, dependem do que fizermos hoje para a preservação da competitividade da economia nacional.
Não as decepcionemos.
Desde o final dos anos de 1980, empresários e trabalhadores, com o apoio de instituições públicas e privadas, têm investido continuamente no aperfeiçoamento das rotinas de produção de bens e de prestação de serviços.
Maquinário novo foi colocado no chão da fábrica de muitas empresas e operários passaram por inúmeros programas de qualificação e de reciclagem profissional. Hoje, em vários segmentos, algumas de nossas indústrias despontam entre as melhores do planeta.
Na agricultura, graças aos esforços de proprietários de terras e às pesquisas da Embrapa, temos liderança inconteste, principalmente na produção de grãos e de carne.
No setor de serviços, foram notáveis os avanços do Brasil. Nossas construtoras destacam-se entre os grandes exportadores do país, e a engenharia nacional é reconhecida em todo o mundo pela capacidade tecnológica e pela competência das equipes.
Porém é fundamental que nos empenhemos para que tal patrimônio não se perca nos tempos de crise. Não podemos permitir que a falta de investimentos envelheça nosso parque industrial, nos defase tecnologicamente ou deixe os profissionais desatualizados em relação à evolução em suas áreas de especialidade.
Tempos difíceis e necessidade de racionalização de custos não podem ser pretextos para a perda de um padrão de qualidade tão arduamente alcançado.
Para tanto, o incentivo do poder público, em suas diversas esferas (municipal, estadual e, especialmente, federal), pode ter importância decisiva. As obras do PAC, por exemplo, que já vêm desempenhando papel relevante na manutenção e na ampliação da infraestrutura, podem servir também ao propósito de formar as pessoas de que o Brasil precisará para enfrentar os desafios do futuro.
Ações estruturadas nesse sentido certamente terão o efeito de uma injeção de confiança nas empresas que há alguns meses viveram o drama da escassez de profissionais qualificados e hoje se veem na iminência de reduzir os seus efetivos.
A perda da produtividade que tem assegurado o atendimento de nossas necessidades de consumo e gerado excedentes para exportação é um risco que não vale a pena correr.
As gerações futuras, para incrementar o crescimento qualificado a partir do patamar que alcançamos, dependem do que fizermos hoje para a preservação da competitividade da economia nacional.
Não as decepcionemos.
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