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segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Max Gehringer - "Não é uma catástrofe"

Como manter seu emprego durante a crise (parte VI - final)

Não é uma catástrofe
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RICARDO CORRÊA

Nos últimos 25 anos, o Brasil passou por cinco crises. Esta é a sexta

Por Max Gehringer

"Já passamos da fase em que nossas autoridades insinuaram que a crise era dos outros. Todos nós já estamos convencidos de que a crise é nossa também. Porque a economia brasileira depende muito das exportações e dos investimentos estrangeiros, duas coisas que diminuíram nos últimos meses.

O lado ruim é que toda crise sempre gera desemprego. Isso é uma desgraça? Uma tragédia? Uma catástrofe? Não. Essa é uma situação passageira. Nos últimos 25 anos, o Brasil passou por cinco crises. Esta é a sexta.

Segundo o IBGE, o Brasil tem cerca de 5 milhões de empresas privadas. Desde gigantes com mais de 50 mil colaboradores até micronegócios com apenas um funcionário. Juntas, essas empresas têm 30 milhões de empregados.

A boa notícia é que 29 milhões não vão ficar sem emprego. A notícia não tão boa é que a crise colocou 1 milhão de trabalhadores na zona de risco.

E a má notícia é que a maioria dos que poderão perder o emprego são metalúrgicos, ajudantes de chão de fábrica e operários da construção civil. Esse é o lado perverso da crise. Ela afeta mais quem ganha menos. Os maiores prejudicados são aqueles que nada tiveram a ver com a crise, e muitas vezes nem conseguem entendê-la.

Em novembro e dezembro do ano passado, duas medidas permitiram mascarar um pouco a situação. A primeira foi a contratação de temporários, principalmente pelo comércio. Para as estatísticas, temporário conta como empregado. A segunda medida foram as férias coletivas concedidas por muitas empresas.

A partir de janeiro, sem temporários nem férias, a situação fica mais clara, e um pouco mais preocupante.

Para quem está empregado, aqui vão três sugestões.

1. Não mude de emprego agora. Quando ocorrem demissões, os empregados mais recentes são os primeiros da fila de dispensados, porque o custo de demissão é mais baixo. Mesmo que você tenha bons motivos para mudar, seja paciente e aguarde até a tormenta passar.

2. Concentre sua energia em seu trabalho. Trabalhe cada dia como se fosse seu primeiro dia de trabalho. E não perca seu tempo discutindo a situação da empresa. A pior coisa que pode acontecer num momento de crise, em que a situação externa não está ajudando, é criar uma situação interna ruim, por meio de boatos e diz-que-diz.

3. Não seja pessimista, mas não exagere no otimismo. Não é preciso parar de comer ou de se divertir com a família, mas é prudente evitar fazer dívidas pesadas e de longo prazo. Se ficar sem emprego não é bom, ficar sem emprego e com dívidas é muito pior.

E duas dicas para quem ou perdeu o emprego ou pode vir a perder.

1. Não se sinta envergonhado nem deprimido. Quando as demissões são causadas por circunstâncias externas, não há culpa de ninguém. E não se esconda. Passar horas pensando no que deveria ter feito, ou deixado de fazer, não vai ajudar em nada. Fale abertamente sobre sua demissão com quem quiser ouvi-lo. Dessa forma, além de se sentir mais aliviado, você informará a muita gente que está procurando um novo emprego.

2. Depois de solicitar o auxílio-desemprego, não fique parado. Se surgir uma possibilidade de um serviço temporário, ou como autônomo, aceite, mesmo que seja em outro ramo de atividade. Fazer cursos rápidos de aperfeiçoamento também é uma boa ideia. Além da atualização, permite incrementar o círculo de relacionamentos, que aumenta muito de importância em uma situação de pouco empregos disponíveis." (final)


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