A Mariner 2 foi a primeira sonda a sobrevoar com sucesso o planeta Vênus, coletando informações que confirmaram que o segundo planeta mais próximo do Sol é muito quente. A sonda mediu as radiações de ondas térmicas que emanam da espessa camada de nuvens, que ocultam a superfície de Vênus. As nuvens são compostas de gás carbono (96,5%), que retém boa parte do calor solar, e nitrogênio (3,5%) e transformam o corpo celeste em um imenso forno, com temperaturas que variam de 250ºC a 475 ºC.
A possibilidade de vida no planeta ainda é um enigma. Há quem defenda a existência de bactérias semelhantes às observadas na Terra a temperaturas de 130º C.
As nuvens de gás carbônico se estendem entre 50 e 70km de altitude e se subdividem em três camadas. A camada superior é constituída principalmente por gotículas de ácido sulfúrico em solução aquosa. Nas camadas inferiores, essas gotículas produzem chuva de ácido sulfúrico, que se evapora bem antes de atingir o solo, formando uma região de névoa por debaixo das nuvens.
Vênus gira em torno de si próprio em 117 dias terrestres, mas, surpreendentemente, em sentido inverso ao dos outros planetas. O movimento de translação, a 35 km/s, leva 225 dias.
Sondas exploram o planeta
O primeiro satélite a ser lançado em direção à Vênus foi o Pioneer V, que partiu de Cabo Kennedy, nos EUA, em 1960. A missão fracassou porque os instrumentos da sonda deixaram de transmitir informações depois de algumas semanas de vôo. O mesmo aconteceu com a soviética Vênus I, lançada em 1962. O Mariner I, americano, explodiu na hora do lançamento. Outras sondas foram enviadas por americanos e russos. Desde 1990, a sonda Magalhães lançada pelos EUA está em órbita no planeta, enviando à Terra, imagens de radar, para mapear a superfície de Vênus.
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