A reunião de representantes dos 21 países que participaram da Operação Pan-Americana (OPA), iniciada em novembro, dedicou atenção especial ao problema do desenvolvimento econômico da América Latina.
A OPA foi sugerida pelo presidente Juscelino Kubitschek em plena Guerra Fria, caracterizada pelo conflito ideológico entre o capitalismo e o comunismo, polarizado pelos Estados Unidos e União Soviética.
A operação baseava-se na idéia de que a eliminação da probreza barraria o avanço do comunismo e propiciaria a expansão da democracia. Ainda de acordo com a proposta do presidente, as nações ricas, no caso das Américas, os Estados Unidos, deveriam investir no crescimento econômico dos países pobres.
O comitê estudou medidas visando a cooperação econômica e técnica entre as repúblicas latino-americanas. O presidente dos Estados Unidos David Eisenhower enviou nota de apoio à iniciativa do governo brasileiro. Em mensagem lida durante os trabalhos da comissão Juscelino Kubitschek disse que "a paz, a prosperidade e a segurança são inseparáveis".
Apesar dos esforços, a OPA não teve resultados práticos. Contudo, deve-se a suas propostas a fundação do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Associação Latino Americana de Livre Comércio (ALALC), ambos criados em 1960 e, mais tarde, a Aliança para o Progresso do presidente John Kennedy.
O BID tornou-se uma instituição para financiamento de projetos na América Latina. A ALALC foi substituída pela Associação Latino Americana de Desenvolvimento e Integração (ALADI) em 1980, e foi a base jurídica para a constituição do Mercosul.
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