Os Estados Unidos especulavam sobre a possibilidade de firmar um convênio para a construção em Fernando de Noronha de uma base para rastreamento de satélites operado Nasa. De acordo com o governo dos Estados Unidos , sem o posto de observação de Fernando de Noronha existiria um vazio de 2.400 quilômetros na chamada zona de provas, que vai do estado da Flórida até as Ilhas Britânicas de Ascensão, no Atlântico Sul.
Segundo o texto aprovado pelo Conselho de Segurança Nacional, as instalações deveriam ser construídas por especialistas e técnicos norte-americanos, assistidos por especialistas e técnicos brasileiros, sob comando de um oficial brasileiro. O prazo de vigência do convênio era de 5 anos. A base funcionou até 1965 e depois foi transformada no único hotel da ilha.
O pacto foi ratificado em 22 de janeiro de 1957 e complementou o Acordo Militar Brasil-Estados Unidos, assinado em 1952. A pressão norte-americana sobre o governo brasileiro para o fechamento de um acordo militar aumentou depois da explosão da terceira bomba atômica soviética em outubro de 1951. Segundo o convênio, o Brasil era obrigado a aderir a toda e qualquer ação de guerra que os Estados Unidos empreendessem em defesa do chamado mundo livre, contra o comunismo.
Cláusulas econômicas do pacto estabeleciam que o Brasil deveria adotar medidas de proteção aos produtos e capitais norte-americanos e a vender manganês, urânio e areias monazíticas por um preço abaixo do seu valor no mercado internacional. Adversários do acordo alertavam que o governo norte-americano tinha interesse em requisitar tropas brasileiras para a guerra da Coréia.
Já Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial foi instalada uma base militar norte-americana e outra brasileira na ilha. Mas os conflitos armados passaram longe do arquipélago.
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