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terça-feira, 18 de novembro de 2008

Emílio Odebrecht na Folha de São Paulo

.Temos novidades no mundo dos articulistas de prestígio na grande imprensa. A Folha de São Paulo estreeou com um excelente artigo - como não poderia deixar de ser - a participação do empresário Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da Odebrecht S/A - escrevendo três artigos por mês.
Reproduzi, abaixo, o texto que apresentou Emílio Odebrecht aos leitores do jornal (no sábado, dia 16) e o primeiro artigo, intitulado "Com foco nas oportunidades" (publicado ontem, dia 17) Pretendo transcrever todos os artigos desse grande empresário brasileiro e aproveitar, passando para os leitores e visitantes da Oficina de Gerência, a visão e a experiência corporativa de um homem que conhece, profundamente, a realidade do mundo empresarial, político e corporativo ao nível internacional.
Conheço o trabalho da Odebrecht - principalmente da Construtora - pois era diretor da Codevasf quando a empresa executou, ali, diversos contratos para o governo. Tive oportunidade de estar uma ou duas vezes com o Dr. Emílio e tive a honra - de verdade - em conhecer (por uma ocasião) o Dr. Norberto Odebrecht, fundador e inspirador da multinacional brasileira que é o grupo baiano, atualmente e principalmente, um homem preocupado com a gestão corporativa e a governança não só de sua empresa. Aprendi muito com a filosofia gerencial que o "Dr. Norberto" implantou no seu grupo e que o diferenciou de todos os seus, então, concorrentes que se mantiveram limitados nas áreas de construção e adjacências enquanto a Odebrecht se expandia mundo afora.
É esta experiência que, espero, Emílio Odebrecht possa passar aos leitores da Folha de São Paulo e (por tabela) da Oficina de Gerência. Confiram.

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"Empresário Emílio Odebrecht estréia como colunista da Folha

O empresário Emílio Odebrecht, 63, presidente do Conselho de Administração da Odebrecht S.A., estréia amanhã como colunista da Folha, na página A2.
Ele vai se revezar na coluna dominical com Antônio Ermírio de Moraes, que pediu que sua colaboração semanal se tornasse mensal. Odebrecht escreverá três artigos por mês e Ermírio, um."Sempre defendi que os empresários que se afastam das atividades executivas devem assumir a responsabilidade de transferir o conhecimento que acumularam às novas gerações e contribuir para o desenvolvimento do país em que vivem. É o que tenho procurado fazer -ação que o compromisso de escrever esta coluna potencializa", diz Odebrecht.
Nascido em Salvador, Emílio graduou-se em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (UFBA), em 1968. Ele iniciou sua trajetória profissional em 1966, como estagiário da CNO Construtora Norberto Odebrecht S.A., fundada em 1944.
Em 1991, substituiu o fundador da organização, Norberto Odebrecht, como diretor presidente da Odebrecht S.A., cargo que deixou em 2001, mantendo-se como presidente do Conselho de Administração.
Com cerca de 59 mil funcionários, a Odebrecht presta serviços de engenharia e construção na América do Sul, na América Central, nos EUA, na África, em Portugal e no Oriente Médio. Controla a Braskem, empresa petroquímica, e investe em etanol e açúcar. Atua nos segmentos de óleo e gás, engenharia ambiental e imobiliário. Participa de empreendimentos em transportes, em Portugal, e em mineração, na África. O faturamento do grupo em 2007 foi de R$ 31,4 bilhões.
Emílio Odebrecht é membro do Conselho Curador da Fundação Criança, que assiste crianças com câncer, da Endeavour, ONG que estimula o empreendedorismo, e é conselheiro do Masp."
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São Paulo, domingo, 16 de novembro de 2008



EMÍLIO ODEBRECHT

Com o foco nas oportunidades

A PARTIR de hoje, caros leitores, nos encontraremos neste espaço três vezes por mês, sempre aos domingos.
O convite que recebi para revezá-lo com Antônio Ermírio de Moraes, que escreve também aos domingos, uma vez por mês, me honrou profundamente. Primeiro, porque Antônio Ermírio é um empresário cuja liderança inspiradora o transformou em referência para todos nós brasileiros.
Segundo, porque me permitirá ampliar o alcance de meu propósito de estar sempre compartilhando os aprendizados que venho recolhendo ao longo de uma vida empresarial desafiadora. Há uma idéia-força que me orienta e guia: não existe empresa forte em país fraco, nem países fortes com empresas fracas.
Infelizmente, ao longo de nossa história, nos acostumamos a tratar com complacência uma constatação desanimadora: há um Brasil que dá certo e há um Brasil que não dá certo.
A tese vem sempre acompanhada de uma lista de exemplos de homens, mulheres e empresas que fizeram sucesso aqui e obtiveram reconhecimento mundo afora -lista que tem seu contraponto na recorrente lembrança de mazelas, ineficiências e decisões frouxas que justificam nossos fracassos históricos, reforçada pelo hábito de nos escudarmos na impunidade dos males importados.
Na busca de espaços para atuar fora do Brasil, principalmente em países em desenvolvimento, nossa organização sempre teve como norte a visão de longo prazo, de forma que nossas oportunidades de crescimento estivessem casadas com o desenvolvimento socioeconômico local.
Por isso, quero assumir com os leitores desta Folha o compromisso de tentar extrair das circunstâncias idéias que provoquem reflexões úteis para a construção do amanhã.
Meu propósito é que estas idéias e algumas sugestões possam fazer parte das agendas de quem tem a responsabilidade de, com o foco nas oportunidades, definir o nosso futuro.
Nos momentos de crise, como este que o mundo vive, há coisas indispensáveis a fazer.
Fiquemos no essencial: priorizar sempre os investimentos, com redução simultânea de despesas, mas sem perda da qualidade dos serviços e produtos; buscar soluções empresariais inovadoras e novos instrumentos econômicos; sustentá-los em estruturas regulatórias saudáveis.
São medidas que dependem do poder público e da iniciativa privada e que servem ao sonho comum de fazermos do Brasil um país senhor de seu próprio destino. 


EMÍLIO ODEBRECHT , 63, presidente do Conselho de Administração da Odebrecht S.A., passa a escrever nesta coluna três vezes por mês.
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3 comentários:

  1. A idéia das reportagens é boa, a escolha da pessoa, não. Tive, também, oportunidade de trabalhar com Odebrecht, OAS, Andrade, Camargo e várias. Elas são em boa medida, causadoras desta corrupção que vivemos por decádas. São como um câncer que contamina o corpo de alguém e quando você imagina que está curado descobre que ele se mudou para outro local. Estas empresas, empreiteiras como se denominam, fazem um lobby ruim.
    E bem verdade que a Odebrecht está em várias áreas. É dona da Braskem, de empresas de concessão e etc. Mas, também é verdade que para cada movimento empresarial desta empresa, por menor que fosse, muita corrupção ativa foi feita.
    Por isso, que eu acredito que este poder paralelo, deve ser extinto do Brasil, nada de bom elas trazem e só destruição elas deixam.

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  2. É preciso não esquecer que há mais de cem anos o Brasil que deu certo iniciou a sua jornada construindo com capital privado ferrovias (São Paulo Railway 1867); represas (Guarapiranga, 1906;, usinas elétricas (Usina Hidroelétrica Parnaiba 1901) transporte urbano (os empresários Estácio da Cunha Bittencourt e Emílio Gembembre (bonde a tração animal em Porto Alegre (1864) e Cia Carris de Ferro de São Paulo linha de bondes puxados a burro, 1872); a iluminação pública da cidade do Rio de Janeiro (Barão de Mauá em 1865) e Société Anonyme du Gaz (1886).

    Pincei apenas alguns exemplos em centenas que mostram uma sincronia de ações entre governo e iniciativa privada (nacional e estrangeira). Portanto, não precisamos ir longe para reafirmar o caminho do desenvolvimento.

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  3. Caro... Anônimo (confesso minha dificuldade em me dirigir a alguém não identificado, mas compreendo)

    A resposta (no melhor sentido) ao seu comentário - muito bem colocado, diga-se de passagem - está no texto seguinte escrito pelo eminente professor Eugen Pfister.
    Entendo sua posição, mas com o devido respeito discordo dela no que diz respeito à presença do empresário Emílio Odebrecht como escolha para o post no blog. Pense um pouco. Imagine o que homens poderosos como ele, Antonio Ermírio de Morais, Roger Agnelli entre outros podem transmitir aos mortais comuns? Independente das trajetórias de seus negócios é inegável que são vencedores. No caso da Odebrecht e da Votorantin deve ser frisado que são empresas cem por cento brasileiras e construídas a partir das bases familiares. Enfim, defendo que estes homens sejam ouvidos porque eles têm muito a dizer.
    Quanto à referência que você faz à corrupção acho que sou mais realista. Não confunda com conformismo. A corrupção faz parte das relações entre governos (que contratam) e empresas (contratadas) desde que o mundo existe. Sou um leitor voraz e curioso sobre a história da Roma Antiga e da antiguidade em geral e o que existe de registros de corrupção ali, naquelas épocas antes de Cristo, é de arrepiar os cabelos, também.
    Pela experiência que passei no serviço público federal posso dizer é que a corrupção está, sempre, colocada em uma estrutura de duas pontas: o corruptor e o corrupto (este sempre no governo). Se ocorrer uma seleção efetiva dos gestores, para os negócios da administração pública e uma fiscalização eficaz dos processos de licitação, contratação e pagamentos, a corrupção cairá a níveis risíveis. Você acha que conseguiremos isso?
    No mais, meu caro, agradeço e muito a sua preciosa (de verdade) participação no blog e o convido (esperando que aceite) para vir muitas vezes na Oficina de Gerência e principalmente comentar. Seu texto é excelente. Gostei mesmo.

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Convido você, caro leitor, a se manifestar sobre os assuntos postados na Oficina de Gerência. Sua participação me incentiva e provoca. Obrigado.