Resolvi (re) publicá-lo agora por conta de uma série de críticas que tenho recebido - algumas bem destrutivas - sobre a "linha editorial" da Oficina de Gerência que apresenta com freqëncia, aos seus leitores e visitantes, transcrições (de artigos, imagens e vídeos) que seleciono em jornais, revistas, sites e blogs. São sempre reportagens, ensaios, textos em geral que julgo do interesse daqueles que prestigiam o blog e o visitam para se divertir, aprender um pouco e, principalmente, passar o tempo.
Aprendi, ao longo da minha (já não tão curta) existência que o conhecimento, pela leitura da experiência de terceiros - por meio de seus textos e registros - é tão importante quanto aquele recebido nas salas de aulas dos cursos formais. Desprezá-los, a priori, é antes tudo uma demonstração de arrogância e asnice.
Qual o valor agregado a essa disposição? Creio que é a minha experiência (desculpem a imodéstia) na escolha dos assuntos; também a interpretação das mensagens contidas nos textos; os comentários que sempre procuro fazer, introduzindo os leitores nos artigos e seus autores; e a exibição de (muitos) links para consultas, com o fito de provocar a curiosidade dos mais interessados.
Ainda bem que os leitores de "posts fast-foods" são a minoria daqueles que freqüentam o blog. Serão sempre bem vindos, mas não fazem parte do público-alvo da Oficina de Gerência. E chega de "choramingas". Vamos trabalhar!
Conheçam - se ainda não tiveram oportunidade de ler - o Decálogo dos Direitos do Blogueiro e aproveitem para visitar o blog que o produziu, "O Biscoito Fino e a Massa", que é um modelo de como a inteligência pode trabalhar a favor da blogosfera. É uma URL para colocar nos favoritos e se inscrever como um "seguidor", via Blogger.
"1. Todo blogueiro terá o direito de propor decálogos incompletos – eneálogos, na verdade – e solicitar ser completado, corrigido ou auxiliado pela caixa de comentários. Esqueci de alguma coisa? Sejam bem-vindos.
2. Todo blogueiro terá o direito de exercitar periodicamente o direito de dizer abobrinhas sobre assuntos que não entende, de tal forma que os blogs de futebol serão apoiados quando resolvam falar de música e os blogs de economia contarão com a compreensão geral quando decidam falar sobre a composição do vinho. Mais bobagem que certas revistas semanais blog nenhum conseguirá dizer.
3. Todo blog terá liberdade absoluta de linkar, deslinkar e relinkar como lhe preze, entendendo-se que a linkagem é ato livre, unilateral e jamais significa, por si só, um endosso de conteúdo do site linkado. Todo blogueiro terá paz para ir linkando aqueles que o linkam ou não, na medida em que ele vá viciando-se em blogs.
4. A todo blogueiro será garantido o direito de promover votações, concursos, citações, retrospectivas, autolinkagem ou reciclagem sem ser acusado de estar ficando sem assunto.
5. Toda blogueira estará livre de qualquer responsabilidade sobre afirmações feitas por outras pessoas em seu blog. Nenhuma blogueira poderá ser interpelada, processada ou censurada por ofensas ditas por outrem em seu blog. Caso alguma pessoa se sinta ofendida por algum comentário e reclame, a blogueira terá amplo tempo para decidir qual a atitude correta de anfitriã que exercita seus direitos de cidadã numa democracia onde àqueles correspondem, é claro, deveres também
6. Todas as blogueiras terão direito de livre associação em quaisquer grupos, incluindo-se aí grupos com objetivos e programas contraditórios. Entender-se-á a blogagem sobretudo como um direito à coexistência bizarra, insólita e feliz de diferenças na internet. Na blogosfera haverá paz de se retribuir as visitas ao blogs de cada um na devida temporalidade baiana que deve reger as coisas, sem pressa, sem culpa e sem cobrança. Ao visitar o blog alheio o blogueiro também temperará o natural desejo da recíproca com semelhante tranqüilidade.
7. Sendo publicitário, funcionário público, palhaço, vendedor de seguro, jogador de futebol, aeromoça, professor universitário, paquita, lixeiro ou desempregado nas horas vagas, o blogueiro tem direito de não ser importunado, agredido, chantageado ou ofendido por sua escolha ou necessidade profissional fora das horas de blogagem.
9. Todo blogueiro terá o direito de passar um dia sem blogar e não receber mensagens alarmistas, preocupadas ou encheção de saco. Os blogueiros serão poupados de receber emails com gritaria ou esbravejação em letras maiúsculas e, no caso de recebê-los, serão livres para exercitarem o direito de ignorá-los ou apagá-los.
10. Toda blogagem se dará em paz e exercitará a liberdade de expressão inerente a qualquer democracia. A blogagem estará a salvo de perseguição política, religiosa ou doutrinária de qualquer caráter. O blogueiro será livre para dizer o que lhe venha à telha, desde que, obviamente, não cometa com a linguagem crimes de calúnia ou plágio."
(clique e conheça o blog do Professor Idelber Avelar)
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Delicioso texto, Herbert!
ResponderExcluirInteligente, bem humorado e construtivo!
Não sei quem tem a coragem de criticar o trabalho que você desenvolve no Oficina, senão com críticas construtivas (eu mesmo já fiz, e faço) e que facilitem te guiar na direção do interesse dos leitores, que sei ser sua regra. Mas aos que fazem críticas ácidas, tenho poucas palavras: Moderem, que respeito é sempre bem vindo, e se não gostam do que encontram aqui, busquem outras fontes ou façam algo melhor, que lhes pareça ter mais qualidade e bom senso, mas vai ser difícil...
Caro Ronaldo, Grato pela força. Estava precisando. Recebi umas críticas, como sempre apócrifas (mas sei que é gente próxima a mim) bastante ácidas. Mesmo sabendo que tem uma pitada de inveja (infelizmente quem se livra dela?) machucam um pouco. Erro meu. Não deveria me importar com a componente destrutiva de quem se manifesta. Acho que me pegaram num momento meio vulnerável. Seu apoio me ajudou muito. Brigaduuu!
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