A Polícia Federal recapturou Darci Alves Pereira, um dos assassinos do ativista ambiental Chico Mendes. Darci estava foragido havia três anos e nove meses, depois de escapar da penitenciária de Rio Branco (AC). O criminoso foi preso em Guaíra, no Oeste do Paraná. Por quatro meses, a polícia seguiu os passos de Darci, que chegou a esconder-se em seis estados diferentes.
Darci e o pai dele, Darly Alves da Silva, ambos fazendeiros, foram condenados em 1990 a 19 anos de prisão, pelo assassinato de Chico Mendes.
O ecologista e presidente do Sindicato os Trabalhadores Rurais de Xapuri (AC) foi morto na fazenda de sua propriedade a 300 quilômetros de Rio Branco, no quintal da sua casa. O seringueiro vinha recebendo ameaças de morte pelas denúncias que fazia no exterior de devastação da Amazônia. O caso Chico Mendes despertou pela primeira vez a atenção internacional para os conflitos entre seringueiros e fazendeiros.
Darly também fugiu em fevereiro de 1993 e escondeu-se num assentamento do Incra, no interior do Pará, chegando a obter financiamento público do Banco da Amazônia, sob falsa identidade. Só foi recapturado em junho de 1996. A falsidade ideológica rendeu-lhe uma segunda condenação de mais dois anos e oito meses de prisão.
Desenvolvimento sustentável na floresta
Chico Mendes ficou internacionalmente conhecido ao ser condecorado pela ONU, no dia 5 de junho de 1987, data em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente. O ecologista buscava unir os interesses dos índios e dos seringueiros em defesa da floresta, com a criação de reservas extrativistas. As Unidades de conservação de uso sustentável, idealizadas por Chico, garantem legalmente a preservação dos recursos naturais e, ao mesmo tempo, a manutenção da atividade econômica, com a posse coletiva da terra pelos trabalhadores. O Comitê Chico Mendes continua a luta do seringueiro pela preservação da mata
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