Perde-se muito tempo (nada contra) com blogagem coletivas tipo "faça seu dia mais alegre - publique uma piada" ou ainda "diga que ama 5 blogs no dia hoje"... Democraticamente eu respeito e até entendo, mas não participo.
No caso desta blogagem, que estou participando, o objetivo é positivo. O combate à obesidade é um dever de cidadania, tanto quanto participar de campanhas contra a AIDS e outras similares.
Publico abaixo o meu texto de participante da blogagem.
· Dedicação excessiva ao trabalho com a conseqüente geração - permanente - de estresse.
· Adiamento, sine die, das eternas providências de correção: caminhar, freqüentar academia, fazer dieta, aumentar o tempo de lazer, blá, blá, bla...
· Comportamento ciclotímico, com altos e baixos de humor
Simplesmente não sabia como sair da roda-viva em que estava. Até que "consegui" tempo para uma consulta com endocrinologista - uma médica super estudiosa - e após detalhados exames foi detectada a ameaçadora "síndrome metabólica". Só então eu "cai na real". A médica me classificou como semi-obeso (pela fórmula do IMC) e era exatamente como eu me sentia.
Para resumir a história, um ano depois de tratamento (sem moderador de apetite e nem nutricionista) à base de medicamentos modernos (Acomplia e outros) e acompanhamento, corpo a corpo, por parte da médica obtive o sucesso. Nesse prazo meu índice de glicose baixou de 120/130 para 85/95; retomei as idas à academia (três vezes por semana) e, naturalmente, fui revendo meus hábitos alimentares para reduzir carboidratos e fazendo, simplesmente, tudo aquilo que
"todo.mundo.sabe.que.deve.fazer.para.emagrecer.e.nunca.faz".
Emagreci 13 quilos e reduzi as medidas da cintura em 11 centímetros. Não preciso dizer da satisfação que senti. Isto aconteceu entre março/2007 e abril/2008. Continuo o tratamento e estou conseguindo manter o processo muito embora já tenha relaxado um pouco. Ah! Nós, seres humanos somos tão irresponsáveis com nossa saúde! De todo esse processo o que eu posso deixar como registro para essa blogagem coletiva?
· Em primeiro lugar: a obesidade - salvo exceções genéticas ou semelhantes (desculpem, mas sou um absoluto leigo) - é adquirida. Na verdade, ela é "convidada" para entrar em nas vidas dos futuros obesos. Eles vão se iludindo a cada aumento de peso, a cada mal estar e cada sinal de que as coisas estão mudando e nada fazem. Sempre adiando as providências. Obesidade não aparece do dia para a noite.
· Em segundo lugar: a obesidade, depois de instalada em nossas vidas é como um parasita. Gruda na gente e não desgarra assim sem mais nem menos. Mexe com as nossas cabeças e passa a comandar a nave de nossas vidas. Isso mesmo! Comandar!
· Em terceiro lugar: a obesidade só se retira das vidas de seus escolhidos se a determinação delas for muito maior que seu poder de destruição (física e mental). Essa determinação passa primeiro, pela própria vontade. Sem ela o obeso (ou candidato a) nem ouse iniciar uma jornada. São fracasso e frustração na certa.
· Em quarto: obesidade mata. Aos poucos, mas leva à morte prematura de seus portadores acomodados. Mata pela diabetes, mata pela depressão e por uma série de outras patologias (Meu Deus! tomara que eu não esteja falando muita bobagem!)
Poderia ficar aqui listando itens e mais itens, mas está tudo disponível na Internet, nas livrarias e até nas bancas de revistas. Todavia, insisto, o primeiro passo para se curar é do obeso e - atenção - quando ele ainda não o é. Todos os sinais estão visíveis e as informações disponíveis...
No caso dos portadores da obesidade mórbida não vou comentar. Se já fui meio leviano (acho) no texto acima, neste caso seria irresponsável para dizer o mínimo. Qual a mensagem que quero transmitir aqui? Que é possível sair dessa prisão devastadora que é a obesidade, mas não sem ajuda. E o primeiro passo da ajuda é do próprio obeso.
Se vocês, internauta e/ou leitor, forem amigos de um obeso a maior ajuda que podem lhe dar é não recriminá-lo, nunca. Mas sempre que achar a oportunidade mostre-lhe os reais riscos da doença. Não amenize. Um obeso é sempre um auto-iludido (pelo menos os que conheci e conheço). Sempre acha que os riscos não são tantos quanto as pessoas falam, que elas estão "exagerando". Ele não "vê" a sua imagem como aquela refletida no espelho e não aceita - de bom grado - falar sobre o assunto..
Espero ter contribuído com a blogagem
Seu post já está no Infobeso. Sua participação na campanha foi muito importante, o blog está aberto para novos posts.
ResponderExcluirObrigada pela contribuição!
Um abraço
Profª Esp. Denise Carceroni