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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Lixo é assunto sério. Muito sério...

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História do Lixo
"No início dos tempos, os primeiros homens eram nômades. Moravam em cavernas, sobreviviam da caça e pesca, vestiam-se de peles e formavam uma população minoritária sobre a terra. Quando a comida começava a ficar escassa, eles se mudavam para outra região e os seus "lixos", deixados sobre o meio ambiente, eram logo decompostos pela ação do tempo.
À medida em que foi "civilizando-se" o homem passou a produzir peças para promover seu conforto: vasilhames de cerâmica, instrumentos para o plantio, roupas mais apropriadas. Começou também a desenvolver hábitos como construção de moradias, criação de animais, cultivo de alimentos, além de se fixar de forma permanente em um local. A produção de lixo consequentemente foi aumentando, mas ainda não havia se constituído em um problema mundial.
Naturalmente, esse desenvolvimento foi se acentuando com o passar dos anos. A população humana foi aumentando e, com o advento da revolução industrial - que possibilitou um salto na produção em série de bens de consumo - a problemática da geração e descarte de lixo teve um grande impulso. Porém, esse fato não causou nenhuma preocupação maior: o que estava em alta era o desenvolvimento e não suas conseqüências.
Entretanto, a partir da segunda metade do século XX iniciou-se uma reviravolta. A humanidade passou a preocupar-se com o planeta onde vive. Mas não foi por acaso: fatos como o buraco na camada de ozônio e o aquecimento global da Terra despertaram a população mundial sobre o que estava acontecendo com o meio ambiente. Nesse "despertar", a questão da geração e destinação final do lixo foi percebida mas, infelizmente, até hoje não vem sendo encarada com a urgência necessária.
"O lado trágico dessa história é que o lixo é um indicador curioso de desenvolvimento de uma nação. Quanto mais pujante for a economia, mais sujeira o país irá produzir. É o sinal de que o país está crescendo, de que as pessoas estão consumindo mais.
O problema está ganhando uma dimensão perigosa por causa da mudança no perfil do lixo. Na metade do século, a composição do lixo era predominantemente de matéria orgânica, de restos de comida. Com o avanço da tecnologia, materiais como plásticos, isopores, pilhas, baterias de celular e lâmpadas são presença cada vez mais constante na coleta.
Há cinqüenta anos, os bebes utilizavam fraldas de pano, que não eram jogadas fora. Tomavam sopa feita em casa e bebiam leite mantido em garrafas reutilizáveis. Hoje, os bebês usam fralda descartáveis, tomam sopa em potinhos que são jogados fora e bebem leite embalado em tetrapak. Ao final de uma semana de vida, o lixo que eles produzem equivale, em volume, a quatro vezes o seu tamanho.
Um dos maiores problemas do lixo é que grande parte das pessoas pensa que basta jogar o lixo na lata e o problema da sujeira vai estar resolvido. Nada disso. O problema só começa aí."
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A frase final do texto acima é a mais representativa da realidade que vivemos no planeta. É verdade - assim o julgamos - que nosso "dever cidadão" estará cumprido desde que sejamos "educados" para não jogar latinhas de cerveja pelas janelas dos carros, não desperdiçar água "varrendo" calçadas com jatos d'água ou não largar bolinhas de papel nas calçadas.

Infelizmente, ainda está distante de nossa cultura o hábito - alôôô, eu disse hábito - de nos preocuparmos de verdade com o lixo que faz parte de nossas vidas cotidianas; e não estou me referindo ao "nós", de brasileiros. A vinculação pode, tranquilamente, ser estendida a (quase) todas as civilizações existentes no planeta.
Na verdade nós, humanos, estamo-nos "afogando" no lixo que produzimos; desperdiçando, nos esgotos, a água que não poupamos e aquecendo o planeta com a poluição que causamos. Quer mais? Sim, tem muito mais, mas vamos dar uma pausa, na lista, por aqui.
Fiéis ao "Princípio do Jogador de Estrelas" [clique e leia o post O Jogador de Estrelas (com Joel Barker)] acho que se cada um, conscientizado, praticar as ações, necessárias, para fazer mais um adepto, é possível formar uma onda. Outra e mais outra e logo teremos um vagalhão e isso não terá fim.

Aqui e agora, estou fazendo a minha parte. Há muito material na Internet que pode ser divulgado e multiplicado pela blogosfera. O vídeo abaixo é um pequeno exemplo. Sem ter a intenção de ser desagradável, mas sendo crítico, deixo uma questão no ar: porque ao invés de estarmos "trocando" memes e selinhos entre os blogs, não comutamos isso para uma difusão dessas campanhas? Porque não canalizar os mil talentos de tantos blogueiros brilhantes para produzir vídeos, banners e materiais de campanhas para blogagens coletivas, por exemplo, dirigidas para a educação ambiental? Alguém quer dizer alguma coisa?

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