(clique na imagem para ser redirecionado ao site do Memorial JK)
Nem me atrevo a escrever sobre JK. Além de me declarar incompetente, sou suspeito. Aliás, suspeitíssimo. Tenho - como milhões de brasileiros - uma genuina admiração (quase veneração) por Juscelino Kubitschek. Como ele mesmo disse (frase abaixo), ninguém - isoladamente - tem autoridade para julgá-lo. Só o povo. Só a História e daqui a muitos anos ainda. Hoje, 106 anos depois de seu nascimento, as informações ainda não formaram o conjunto, de memórias, suficiente para medir-lhe a estatura.
Nessa homenagem, singelíssima, que o blog faz ao fundador de Brasília copiei algumas de suas frases famosas e coloquei três vídeos. O primeiro é uma breve - mas correta - biografia sua. Os outros dois são cenas da história da construção de Brasília.
Inexplicavelmente, por sua importância, não há muito material disponível na Internet sobre JK. Uma prova que as gerações mais novas ainda não conhecem a sua biografia. Deveriam, pois é um dos poucos exemplos de homens públicos, no Brasil (talvez só Getúlio Vargas), que mereceu o respeito do do povo e dos poderosos. E sabem porquê? Porque JK era um democrata autêntico, um cultor obssessivo do diálogo para resolver problemas, um líder determinado na busca dos objetivos a que se propunha e, na minha humilde opinião, um político (raro) que cumpria suas promessas de campanha, seus compromissos políticos e governava de acordo com os princípios e valores que norteavam sua vida pessoal.
Leiam o post e conheçam os pouco desse brasileiro cuja participação na História do Brasil nos enche de orgulho.
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- "Escolhi Brasília como ponto alto do meu governo porque estou convencido de que a nova capital representou um marco. Depois de sua construção ninguém poderia duvidar de nossas indústrias ou da capacidade do trabalho brasileiro. Brasília deixou atrás de si uma nova era de autoconfiança e otimismo."
- "Deste Planalto Central, desta solidão que em breve se transformará em cérebro das mais altas decisões nacionais, lanço os olhos mais uma vez sobre o amanhã o do meu país e antevejo esta alvorada, com fé inquebrantável e uma confiança sem limites no seu grande destino"
- "Hoje é o dia mais feliz da minha vida. O Congresso acaba de aprovar o projeto para a construção de Brasília. Sabe por que o projeto foi aprovado ? Eles pensam que não vou conseguir executá-lo."
- Não aceito o julgamento dos que agora me julgam; só aceito o julgamento do povo, pois só nele reconheço o juiz de minhas ações."
- "Um governo forte se faz perdoando"
- "Se acredito ou não, é outra história. O certo é que no dia 21 de abril, colocarei minha bagagem num automóvel e quem quiser que me acompanhe" (sobre a data marcada para a inauguração de Brasília)
- " Nas tardes do planalto, os corpúsculos de fogo se confundem com as tintas da aurora. Tudo se transforma em alvorada nesta cidade, que se abre para o amanha ..."
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Leia no link "JK, um faraó bossa-nova" um excelente ensaio, sobre Juscelino, escrito por Luis Antônio Girón para o maravilhoso site Digestivo Cutural.
Abaixo, coloquei um pequeno trecho do ensaio:
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[...] "Não vale a pena encarar o morto nos olhos. Vale mais se render à mitologia. Nessa nova ordem imaginária, a força de JK não está em seu trabalho como estadista e agitador cultural, mas em fantasma. Conta-se que seu nascimento tinha sido uma profecia do padre italiano Dom Bosco feita em 30 de agosto de 1883, nove anos antes do nascimento do bebê JK , que proclamou o Planalto Central do Brasil como universo de uma nova era. Após a sua morte, o culto bombou total, e uma nova floração de seitas esotéricas vingou no cerrado. No livro que serviu como base para a série de TV (de Maria Adelaide Amaral, excelente dramaturga e capaz de calibrar o passado à bitola do gosto contemporâneo), Brasília Kubitschek de Oliveira (Record, 2006, 424 págs.), o historiador Ronaldo Costa Couto usa de seu estilo leve e solto para derramar pensatas mais ou menos fragmentárias no cérebro do leitor. Mas há informações curiosas, como a de que Juscelino seria a reencarnação do faraó Amenófis IV, ou Akhenaton. Pertencente à décima oitava dinastia, Akhenaton foi o primeiro político a ter implantado o monoteísmo. Para isso, necessitava de uma nova capital, Aketaton, que teria sido a primeira cidade planejada do mundo. JK e sua Novacap seriam nada mais que a versão moderna de Akhenaton – uma de suas encarnações. Assim é reverenciado em peregrinações em direção ao Memorial JK no coração de Brasília." [...]
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