Mais uma vez trago-lhes o tema da "habilidade (ou falta dela) para se falar em público. Neste texto o foco é o domínio do medo - sempre aterrador - de se enfrentar (?) uma platéia. Pessoalmente passei por isso algumas vezes em vários graus de intensidade. A pior delas (foram duas oportunidades inesquecíveis de terror total) ocorreu quando fui o orador da minha turma de engenheirandos da Politécnica de Recife, em 1970. Registre-se que, na época, eu já era um experimentado repórter de rádio, acostumado a falar ao microfone; mas nunca tinha me colocado, falando de um assunto subjetivo (formatura), diante de um auditório "de carne e osso" e com todo mundo atento até à minha respiração.
Fiquei tão nervoso que as pernas começaram a tremer sem controle. Como estava em cima de um tablado, a haste do microfone e o pedestal também acompanharam o movimento como se fossem dois barcos navegando sem timoneiros. E o ruído? Sim, porque com a tremedeira, o tablado e o microfone começaram a praticar um diálogo dos mais barulhentos e crescente. Quando eu percebi me apavorei, literalmente, no meio do discurso. Ah! O governador do Estado era o paraninfo e o prefeito de Recife, o homenageado. Lembro disso para dar uma idéia do número e do nível da platéia.
O mais interessante é que a voz saia controlada, a mente estava lúcida, mas as pernas... Ah! Aquelas pernas não eram as minhas... Tremiam por vontade própria e a haste do microfone as acompanhava numa dança algo parecido com a rumba.
Ai valeu a minha experiência como repórter (que também passa seus apertos). Com um sangue frio, que nem eu sabia que tinha, lenta e calmamente, sem parar o discurso, peguei o microfone e o coloquei no chão, fora do tablado que, aliás, já estava prestes a se transformar em um... patíbulo. Em seguida, milagre! O microfone parou de tremer, claro, e na seqüência as pernas perderam sua independência e, aleleuia! Me obedeceram.
Fiquei tão nervoso que as pernas começaram a tremer sem controle. Como estava em cima de um tablado, a haste do microfone e o pedestal também acompanharam o movimento como se fossem dois barcos navegando sem timoneiros. E o ruído? Sim, porque com a tremedeira, o tablado e o microfone começaram a praticar um diálogo dos mais barulhentos e crescente. Quando eu percebi me apavorei, literalmente, no meio do discurso. Ah! O governador do Estado era o paraninfo e o prefeito de Recife, o homenageado. Lembro disso para dar uma idéia do número e do nível da platéia.
O mais interessante é que a voz saia controlada, a mente estava lúcida, mas as pernas... Ah! Aquelas pernas não eram as minhas... Tremiam por vontade própria e a haste do microfone as acompanhava numa dança algo parecido com a rumba.
Ai valeu a minha experiência como repórter (que também passa seus apertos). Com um sangue frio, que nem eu sabia que tinha, lenta e calmamente, sem parar o discurso, peguei o microfone e o coloquei no chão, fora do tablado que, aliás, já estava prestes a se transformar em um... patíbulo. Em seguida, milagre! O microfone parou de tremer, claro, e na seqüência as pernas perderam sua independência e, aleleuia! Me obedeceram.
Se alguém notou - porque tudo se passou em pouco mais de um minuto (que até hoje parece uma eternidade) - não me falou nada. O discurso foi um sucesso (até hoje o tenho guardado no baú das minhas antiguidades).
Lembrei-me desse episódio, agora, ao fazer a apresentação do artigo abaixo. Serve também para exemplificar, com um fato real, que o medo de se falar em público pode ser dominado. É disto que trata o texto que você vai ler em seguida. Boa sorte e não deixem de enfrentar as situações nas quais tenha que falar para uma platéia. Só o confronto "cara-a-cara com a fera" lhe dará a expertise para avançar e se aperfeiçoar.
Lembrei-me desse episódio, agora, ao fazer a apresentação do artigo abaixo. Serve também para exemplificar, com um fato real, que o medo de se falar em público pode ser dominado. É disto que trata o texto que você vai ler em seguida. Boa sorte e não deixem de enfrentar as situações nas quais tenha que falar para uma platéia. Só o confronto "cara-a-cara com a fera" lhe dará a expertise para avançar e se aperfeiçoar.
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Dominando o Medo de Falar em Público
"O jornal inglês Sunday Times realizou, no ano passado, uma pesquisa junto a três mil americanos para descobrir o que lhes causava maior medo. Em primeiro lugar não estava o medo da morte, de doenças, de problemas financeiros ou de altura - embora todos tenham sido muito bem votados. Para 41% dos entrevistados, a situação que provoca maior pavor é algo até certo ponto comum - e muitas vezes necessário - no dia-a-dia dos profissionais: falar em público.
Quem já sentiu o coração disparar, as mãos suarem, as pernas ficarem bambas e as palavras sumirem ao enfrentar uma platéia sabe bem o que isso significa. É um temor muitas vezes sem uma explicação racional e difícil de ser controlado. Há boas e más notícias a esse respeito. A má é que o medo de falar em público pode comprometer o desempenho e a imagem do profissional - afinal, passar uma mensagem com segurança é um requisito essencial para obter credibilidade. A boa notícia é que algumas técnicas e dicas podem ajudar na hora de encarar o público e mandar o seu recado com eficiência.
O primeiro mandamento é algo que parece óbvio, mas que nem sempre é seguido por quem vai falar para um grupo ou platéia: procure dominar o assunto que vai ser exposto. Estar familiarizado com o tema a ser abordado é fundamental. Nada pior do que demonstrar insegurança e desinformação a respeito do que está sendo falado. Por isso, ao ser convidado para expor suas idéias em público, prepare-se lendo a respeito do assunto, pesquisando as novidades e conversando com pessoas da área, para ouvir diferentes pontos de vista.
Outra dica importante é procurar conhecer detalhes sobre o evento. Quem será sua platéia e qual o nível de conhecimento que ela terá do tema? Pergunte se haverá outros palestrantes e quanto tempo você terá para a sua participação. Com esse briefing, você estará em condições adequadas para iniciar a preparação. Estruture a sua apresentação em tópicos, defina os argumentos mais importantes e organize-os logicamente. Tenha um roteiro do que vai falar em mente ou no papel, mas resista à tentação de ler sua apresentação para o público. É enfadonho e passa uma imagem de despreparo.
Tentar desempenhar o papel de um grande orador é um erro bastante comum e que costuma comprometer o desempenho de quem precisa falar em público. Seja natural, não use palavras difíceis ou que não façam parte do seu cotidiano. A naturalidade vai ser uma grande aliada caso você perceba que cometeu alguma falha ou se acontecer o temível "branco". Se isso acontecer e você estiver à vontade e for natural, é possível que ninguém perceba. Relembre seu último argumento e passe para o tópico seguinte. Procure ter e demonstre tranqüilidade. Nada pior do que um apresentador nervoso.
O tempo da apresentação é um fator importante. Seja breve. Evite fugir do tema da palestra ou perder-se em detalhes que não fazem a menor diferença. Quanto mais objetiva a sua exposição, melhor. Sempre que possível, ilustre o que você está dizendo com um exemplo real. As pessoas prestam muita atenção nas histórias que são contadas nas palestras.
E, o que é muito importante, não encare a platéia como sua inimiga. Às vezes o medo de falar em público nos leva a pensar que estão todos nos encarando criticamente, nos testando, esperando por um erro. Acredite, a platéia está ali a seu favor, para ouvir e aprender com você, torcendo para que dê certo. Encare dessa forma e a coisa ficará mais fácil."
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o meu maior temor são os relatórios de despesas pra ser reembolsado! Eu perco nota fiscal, preecho tudo errado.. tenho que refazer mil vezes.. entrego fora do prazo... um PESADELO! :-(
ResponderExcluirOlá Nicholas!
ResponderExcluirBom te ver "escalando os alpes" da Oficina de Gerência. Li no seu blog que esteve passeando aqui, em Brasília. Gostei do que escreveu. Foi bastante fiel. Brasília é uma linda cidade, mas seus mistérios não são para todos. Só para quem saber "ver". É como aquela frase famosa de Exupéry: "O essencial é invisível para os olhos; só se vê bem com o coração". Você conseguiu "ver" Brasília. Por isso apaixonou-se como todos nós que vivemos aqui.
Quando voltar no planalto central avise a este velho blogueiro. Quero ter o prazer de ser seu cicerone por dentro da obra de Oscar Niemeyer, Lúcio Costa e Athos Bulcão.
Meu abraço e volte sempre.