Fiquei em dúvida se publicava ou não esse post. O texto "Cuidado com a Tautologia" está espalhado na rede - com o mesmo formato - há muito tempo. Encontrei site, com ele publicado, em 2004! Então, me questionei: porque coloca-lo no blog?
Mas optei por disponibiliza-lo aos leitores.
Razões? Vamos lá.
A tautologia continua sendo um dos mais recorrentes vícios de linguagem - escrita e oral - entre nós, brasileiros "instruídos". Excetuo - por óbvio - as pessoas sem ou com menores oportunidades de acesso a níveis melhores de instrução. Falo da classe média mesmo. Jovens e nem tanto, que não tem a menor preocupação em estudar e melhorar o nível de suas comunicações. Como conseqüência, somos obrigados a ler toneladas de barbaridades e atentados à gramática. Por isso, sempre que julgar oportuno, vou postar algum tópico interessante sobre o tema.
Passo longe de ser um expert em língua portuguesa. Longe mesmo. Todavia me confesso um paranóico na busca de melhorar o nível da minha comunicação. Principalmente a escrita. Escrever para mim é um mix de prazer e sacrifício. Reviso um texto inúmeras vezes; corto, emendo, reduzo, aumento, troco palavras, pesquiso sinônimos e tudo que for necessário até satisfazer o meu critério. Pelo menos me sinto menos constrangido quando descubro - apesar do esforço - que "passei batido" em algum erro.
Assim, começo a série com este (super conhecido) texto sobre a tautologia. Sei que muitos já o devem ter recebido por e-mail ou lido em algum site. Não tem problema! É uma página para ser leitura de cabeceira. Sugiro que o leiam novamente. Vacinem-se! Imprimam e coloquem na frente do computador, debaixo do travesseiro, no espelho do banheiro... Principalmente os blogueiros e aqueles que - por força do ofício - tem de escrever muitas vezes ao dia. Tautologia, mais que um vício é um "vírus" de linguagem. Por mais prevenidos que estejamos é só não atualizar o "firewall" que ele nos pega...
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iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
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"Você sabe o que é Tautologia?
Tautologia é o termo usado para definir um dos vícios de linguagem. Consiste na repetição de uma idéia, de maneira viciada, com palavras diferentes, mas com o mesmo sentido.
O exemplo clássico é o famoso 'subir para cima' ou o 'descer para baixo'. Mas há outros, como você pode ver na lista a seguir:
- propriedade característica
- demasiadamente excessivo
- a seu critério pessoal
- exceder em muito.
- nos dias 8, 9 e 10, inclusive
- juntamente com
- expressamente proibido
- em duas metades iguais
- sintomas indicativos
- elo de ligação
- acabamento final
- certeza absoluta
- quantia exata
- há anos atrás
- anexo junto à carta
- de sua livre escolha
- superávit positivo
- todos foram unânimes
- vereador da cidade
- outra alternativa
- possivelmente poderá ocorrer
- empréstimo temporário
- surpresa inesperada
- escolha opcional
- detalhes minuciosos
- a razão é porque
- conviver junto
- fato real
- encarar de frente
- multidão de pessoas
- amanhecer o dia
- criação nova
- retornar de novo
- continua a permanecer
- a última versão definitiva
-
planejar antecipadamente- abertura inaugural
- comparecer em pessoa
- gritar bem alto
Note que todas essas repetições (em azul no texto) são dispensáveis. Por exemplo, 'surpresa inesperada'. Existe alguma surpresa esperada? É óbvio que não. Devemos evitar o uso das repetições desnecessárias. Fique atento às expressões que utiliza no seu dia-a-dia. Verifique se não está caindo nesta armadilha. Gostou? Repasse para os amigos amantes da lingua portuguesa."
O texto acima circula na Internet livremente. Se fosse um vídeo do YouTube, acho que já estaria na marca dos 100.000 acessos. Este, acima, copiei o site/blog Perguntas Cretinas (excelente, por sinal). Clique aqui para ir direto à página onde está localizado. .
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