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segunda-feira, 14 de julho de 2008

Quando o time é mais importante que o talento individual

.......... Um dos maiores desafios de qualquer gerente é conseguir harmonizar os egos dos componentes de sua equipe. Se o grupo tiver como missão trabalhos cujos resultados dependam do conjunto, do coletivo, então o processo se torna espinhoso. Neste caldeirão coloque aquela personalidade de "estrela". Isto mesmo! Aquela pessoa que se destaca do grupo - e pior, sabe que é mais qualificado e não tem a modéstia como uma de suas melhores qualidades - e está sempre lembrando isto ao chefe. Que tal? Este é um cenário mais comum do que você imagina da selva corporativa. Se o gerente não for o líder o processo é um filme de suspense diário.
.......... Exemplos? Muitos. Um recente, citado inclusive no artigo foi o da atleta Iziane da seleção brasileira de basquetebol feminino. Quem lembra? Ela se recusou a obedecer um ordem do técnico para entrar na quadra porque faltavam dois minutos, o time estava perdendo e ela achou que - como estrela do time (ela mesma disso isso) - seria uma humilhação e não entrou na quadra.
.......... Um outro caso rumoroso, que eu analisei aqui nos primórdios do blog foi o de Ricardinho, atleta e estrela do campeoníssimo time de voleibol brasileiro comandado pelo não menos "star", Bernardinho. Lembram desse case? O técnico não suportou as crises de estrelismo do seu melhor atleta e o cortou (demitiu) sumariamente do grupo.
.......... É desse tema que trata o artigo abaixo, transcrito do site Canal RH. Todavia o autor - Lucas Toyama - mostra o lado inverso do estrelismo nas equipes. Trata da decisão do gerente de valorizar o conjunto e não permitir que as individualidades se sobressaiam. Creiam, é um gigantesco desafio ao que todos os gerentes, de uma forma ou de outra, são submetidos cotidianamente. Confiram.
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Quando o time é mais importante que o talento individual
(por Lucas Toyama)
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"Estrela e equipe nem sempre caminham na mesma direção. A seleção brasileira de vôlei feminino deu um exemplo disso recentemente. José Roberto Guimarães, técnico da seleção, resolveu deixar de fora das Olimpíadas 2008 a levantadora Fernanda Venturini, craque consagrada no esporte. Mesmo sem entrar em quadra havia um ano, no mês passado, há três meses das Olimpíadas, ela mandou um email para o técnico se colocando à disposição para ajudar o Brasil na conquista inédita da medalha de ouro na China.
Impasse! A jogadora não foi convocada. Guimarães descartou uma atleta indiscutivelmente talentosa, privilegiando o grupo. Ele alegou que a convocação da jogadora traria problemas para o selecionado brasileiro, uma vez que todas as outras passaram os últimos quatro anos se dedicando para participar dos jogos de Pequim. Quando a estrela de uma equipe e os demais integrantes do time – seja nas quadras, seja nos escritórios -- entram em rota de colisão, o que fazer?
Para Willian Bull, consultor de Human Capital da Mercer Consulting, Outsourc
ing, Investments, o dilema deve ser estudado caso a caso. A decisão deve ter como objetivo os resultados finais do grupo. Afinal, há situações nas quais profissionais em que um talento vai fazer diferença nos resultados e, em outras, o time. “E não são situações antagônicas, pois temos estrelas operando normal e organicamente dentro de equipe”, ressalta o consultor. Trata-se de um risco inerente à posição do líder. No caso do vôlei, Guimarães acredita que não levar Fernanda é melhor. Mas e se a medalha não vier?
A grande questão é como atribuir os papéis dentro do time. “As situações precisam ser administradas e é o gestor que deve observar as pessoas e alocá-las de acordo com suas competências”, avalia Bull. Essa alocação, inclusive, pode ser para fora da equipe.
Foi o que aconteceu com a ala Iziane Marques, principal jogadora da seleção brasileira de basquete. Após ficar um período longo no banco de reservas no jogo que decidiria a participação do time nas Olimpíadas de Pequim, a jogadora, quando solicitada, negou-se a entrar em quadra. No mesmo minuto da recusa, o técnico Paulo Bassul cortou a jogadora do selecionado. “Embora fosse a ‘cestinha’ do time, Iziane estava prejudicando o grupo com suas atitudes individualistas”, disse o treinador depois do corte. Ele estava certo: sem a estrela, o Brasil conseguiu a vaga e disputará os jogos.
No caso de uma empresa, também é o gestor quem deve identificar qual é a situação e tomar a decisão a partir de critérios objetivos e claros. “Se o principio de justiça é ferido nas organizações, causam-se problemas na equipe; e se essa pessoa talentosa não se der conta de que opera em grupo, ela não vai para frente”, pontua Bull.
Nessa mesma linha segue Sheila Madrid Saad, professora de Recursos Humanos e Comportamento Organizacional da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Para Sheila, hoje o mercad
o já não quer mais aqueles profissionais geniais, com QIs elevados, mas executivos que tenham qualificação e, sobretudo, saibam trabalhar em equipe. E se um profissional talentoso é individualista, ele acaba sendo mais um problema para a empresa do que uma solução. “Nesses casos, é melhor nem ter estrelas assim porque elas criam muitos problemas”, avalia.
Para a professora, de fato não há possibilidade de trabalhar com seres humanos sem conflitos. Mas o que vale é saber administrar esses conflitos para que eles sejam construtivos. E, nesse caso, talentos individualistas dificultam o processo. Brilha a equipe.
Para Bull, não necessariamente o time tem que ser nivelado, pois o fato de estar em equipe não significa que todos são iguais. É preciso perceber que num time pode haver vários talentos. E é nesse momento que nasce um grande desafio: saber identificar quais são eles. Mais que isso: é preciso provar para a equipe por que essa pessoa merece reconhecimento, como promoções e aumento de salários. Ou a convocação. “E uma das melhores ferramentas para mostrar esse talento é a Avaliação de Desempenho, com critérios imparciais que possam comprovar a qualificação”, sugere Sheila."
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PS - Clique aqui para ser direcionado à página do artigo, se quiser vê-lo no contexto do site e/ou comentar diretamente com o autor. Todas as imagens do post foram retiradas do site Gettyimages .
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