
"Você se lembra das aulas de geografia? Mesmo que não se lembre, a definição de arquipélago não é difícil de recordar. Fernando de Noronha, por exemplo, é um arquipélago brasileiro pertencente ao Estado de Pernambuco, formado por 21 ilhas e ilhotas, ocupando uma área de 26 km², situado no Oceano Atlântico, a leste do estado do Rio Grande do Norte (Wikipédia).
Desde que comecei a trabalhar na área da Qualidade, executando ou acompanhando auditorias e através de contatos feitos com profissionais da área em cursos e palestras, auditores, etc. venho observando uma característica comum nas organizações. Elas sempre são vistas pela Direção como um objeto sólido, coeso. É verdade que composto por departamentos, pessoas, unidades, centros-de-custo… Depende do ponto de vista, mas ainda assim, algo unificado. Aí é que está o problema. Elas nem sempre são assim.
Voltando à analogia geográfica, os diretores desejam ver suas empresas como um país, mas elas são arquipélagos, onde cada ilha (setor) tem seus próprios interesses, objetivos, prioridades; nem sempre em conformidade com o “governo central” (Diretores). Como Fernando de Noronha, são ilhas e ilhotas, mais ou menos importantes no conjunto, umas com mais recursos, mais visibilidade. Outras relegadas ao segundo plano. Existem casos em que existe até diferenças temporais: umas ilhas têm maior desenvolvimento tecnológico e outras parecem estar no princípio da era industrial, mas todas se encontram no mesmo espaço físico. Uma ao lado da outra.
Infelizmente quando chegam a esse ponto, a Nação (Empresa) desse arquipélago pode perder a guerra (participação no mercado) que tem que travar continuamente para sobreviver. E se a Nação se extingue as ilhas do arquipélago serão destruídas. Se é conquistada por outra maior, é comum que seus governantes sejam exilados e substituídos.
Mas calma! A projeção caótica desse arquipélago descrito acima é demorada. A maioria deles, os arquipélagos-empresa, podem construir as pontes ou alargá-las bem antes desse desfecho. Se o governo central do arquipélago investir nas pontes e utilizá-las para divulgar seus objetivos e interesses (política, missão e valores), observar de perto e suprir as necessidades reais de cada ilha, elas trabalharão certamente em conjunto e o arquipélago pode se tornar tão ou mais forte que o continente (concorrência).
Agora me digam: Vocês trabalham em um arquipélago ou num país? Contem suas experiências e impressões que concordem ou contradigam essa teoria, para enriquecer a idéia."

Grato pela surpresa, pela introdução e pela estima que me demonstra. Saiba que é recíproca.
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