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Depois de assistir ao programa Esporte Espetacular, da Rede Globo de ontem (domingo), e juntando lé com cré, como se diz lá no Nordeste, cheguei à conclusão que Ronaldinho Gaúcho é o mais novo factóide que a CBF e a mídia, digamos, pragmática - encabeçada pela Globo - estão construindo para "vender" as olimpíadas ao amigo telespectador.
Um esmerado projeto para garantir audiência aos jogos da seleção olímpica de futebol. Lembro que domingo - dia 22 - a seleção olímpica jogou um amistoso que sequer foi televisionado.
Chega a ser comovente o súbito interesse da CBF e da Globo pelo (ex) craque do Barcelona, a ponto do, já eterno, presidente Ricardo Teixeira (ele próprio um exemplar perfeito da "espécie factoidiana") ter concedido uma entrevista exclusiva para a emissora convocando o jogador para disputar as olimpíadas(???). Aliás, um vexame, transmitido ao vivo, para o outro factóide criado pela mesma turma, Dunga. O técnico/presidente fez um autêntico laudatório ao produto Ronaldinho.
Agora, tudo indica que o próximo passo do plano é "recuperar" o craque. Se não conseguem fazê-lo na parte física - porque ele está a léguas da sua condição de atleta profissional - estão direcionando as energias para a "restauração" da sua... imagem. Que por sinal ainda vale muitos milhões de euros apesar dele estar sem jogar há quase quatro meses.
No programa a que me referi a Globo exibiu um vídeo (imperdível) de quase doze minutos, parte de uma "Trilogia Ronaldinho Gaúcho" (veja as imagens abaixo do post). Neste programa, o segundo da série (não assisti o primeiro), a trilogia apresentou "O Ser Humano". Ronaldinho dançou capoeira para mostrar que está em forma, tocou pandeiro para exibir sua alegria, digamos, espiritual, jogou ping pong e tudo isso cercado das crianças do instituto que ele mantém em Porto Alegre. Pobre Ronaldinho, mal disfarçava o constrangimento. Sua timidez é genuína.
Ah! O programa? Um show com todo acabamento global. Daqueles, tipo "Conheça sua vida". Só faltou pingar lágrimas de emoção no aparelho de televisão. Aliás, a Globo mostra a sua inegável competência ao editar a matéria. Sob o ponto de vista do marketing é um show completo.
Então, porque estou com este tom ácido aqui, no meu comentário?
Chega a ser comovente o súbito interesse da CBF e da Globo pelo (ex) craque do Barcelona, a ponto do, já eterno, presidente Ricardo Teixeira (ele próprio um exemplar perfeito da "espécie factoidiana") ter concedido uma entrevista exclusiva para a emissora convocando o jogador para disputar as olimpíadas(???). Aliás, um vexame, transmitido ao vivo, para o outro factóide criado pela mesma turma, Dunga. O técnico/presidente fez um autêntico laudatório ao produto Ronaldinho.
Agora, tudo indica que o próximo passo do plano é "recuperar" o craque. Se não conseguem fazê-lo na parte física - porque ele está a léguas da sua condição de atleta profissional - estão direcionando as energias para a "restauração" da sua... imagem. Que por sinal ainda vale muitos milhões de euros apesar dele estar sem jogar há quase quatro meses.
No programa a que me referi a Globo exibiu um vídeo (imperdível) de quase doze minutos, parte de uma "Trilogia Ronaldinho Gaúcho" (veja as imagens abaixo do post). Neste programa, o segundo da série (não assisti o primeiro), a trilogia apresentou "O Ser Humano". Ronaldinho dançou capoeira para mostrar que está em forma, tocou pandeiro para exibir sua alegria, digamos, espiritual, jogou ping pong e tudo isso cercado das crianças do instituto que ele mantém em Porto Alegre. Pobre Ronaldinho, mal disfarçava o constrangimento. Sua timidez é genuína.
Ah! O programa? Um show com todo acabamento global. Daqueles, tipo "Conheça sua vida". Só faltou pingar lágrimas de emoção no aparelho de televisão. Aliás, a Globo mostra a sua inegável competência ao editar a matéria. Sob o ponto de vista do marketing é um show completo.
Então, porque estou com este tom ácido aqui, no meu comentário?
Respondo de pronto: não gosto de sentir a tentativa de ter minha opinião "manejada" por ninguém (e das pessoas em geral, também) . Muito menos pelos meios de comunicação de massa. Considero uma violência subliminar. Não acho legal este tipo de armação que procura - de forma camuflada - atingir o subconsciente do público que forma a massa crítica que "compra" o futebol pela TV, pelas revistas e por toda a mídia. As "nações" do Flamengo, Corinthians, Vasco, Palmeiras, Grêmio, Inter, Atlético/MG, Cruzeiro, Bahia, Vitória e vamos que vamos... São milhões e milhões de torcedores e brasileiros que serão "conduzidos" (com suas opiniões formatadas) por um bem planejado e executado "projeto" de garantir audiência na frente da telinha sem frustrar os anunciantes que pagam mais caro para ver suas publicidades na época das olimpíadas. É o jogo. Até concordo com sua... validade, mas não me disponho a participar. Estarei sendo vítima de alguma "teoria da conspiração". Se estiver corrijam-me que dou a mão à palmatória.
Lamento pelo Ronaldinho Gaúcho, um craque, jogador genial que atravessa uma fase ruim, mas que certamente vai se recuperar. Não necessitava ser transformado em factóide para alavancar o faturamento dos barões do futebol profissional no Brasil. Ficará devendo a fatura a eles...
Quanto a nós, pobres "tele-torcedores" submetidos ao monopólio das transmissões pela TV só temos que nos acomodar - literalmente - nas poltronas em frente à televisão e aguardar o terceiro capítulo da "Trilogia Ronaldinho Gaucho" que - pasmem! - ainda não foi anunciado.
Lamento pelo Ronaldinho Gaúcho, um craque, jogador genial que atravessa uma fase ruim, mas que certamente vai se recuperar. Não necessitava ser transformado em factóide para alavancar o faturamento dos barões do futebol profissional no Brasil. Ficará devendo a fatura a eles...
Quanto a nós, pobres "tele-torcedores" submetidos ao monopólio das transmissões pela TV só temos que nos acomodar - literalmente - nas poltronas em frente à televisão e aguardar o terceiro capítulo da "Trilogia Ronaldinho Gaucho" que - pasmem! - ainda não foi anunciado.
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(Imagens "capturadas" do site do programa Esporte Espetacular da Rede Globo)
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