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segunda-feira, 9 de junho de 2008

Ulysses Guimarães, um político que faz falta.

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Observe nas fotos que Ulisses liderava políticos como Tancredo Neves (acompanhado de seu sobrinho e secretário, Aécio Neves).
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As fotos acima e o texto abaixo foram retirados do Blog do Noblat. Foi este post que me inspirou a prestar uma reverência a Ulysses Guimarães, no espaço lateral do blog onde coloco fotos e frases de personalidades famosas que mereçam ter suas memórias relembradas.
Sem conotação partidária, mas com senso político de cidadão, faço coro com Noblat e todos aqueles que respeitam a Política, assim com P maiúsculo, lamentando a falta - principalmente no Congresso Nacional - de políticos da estirpe de Ulysses Guimarães.
Notadamente para os mais jovens, que não tiveram oportunidade de vê-lo em ação, sugiro que pesquisem sobre esta figura ímpar do cenário político recente, parte de um momento importante da História do Brasil. Todos o admiravam, principalmente seus adversários.
Tenho lá minhas convicções ao pensar que a classe política ainda tem credibilidade, junto à opinião pública, muito por causa da memória de homens como Ulysses Guimarães. Acho importante trazer sua memória à baila para recordar que homens públicos de qualidade existiram e ainda existem e são maioria, podem crer. Pena que estes, não tenham o mesmo destaque na mídia que aqueles de qualidade inferior. Infelizmente, na mídia, as notícias negativas "vendem" mais que as positivas. Chega de trololó e vamos ler o post do Ricardo Noblat.
. Que falta faz Ulysses!

"Há exatos 30 anos, para celebrar o Dia da Abolição, o deputado Ulysses Guimarães, presidente nacional do então MDB, acompanhado por Tancredo Neves, Freitas Nobre e Saturnino Braga, se pôs à frente de uma pequena multidão que marchou sobre a praça do Campo Grande, no centro de Salvador. O destino era a sede baiana do partido instalada num velho casarão próximo dali.
O país vivia sob a ditadura militar inaugurada em março de 1964 e que só se esgotaria em janeiro de 1985. Uma portaria do Ministério da Justiça proibia concentrações em praças públicas. Naquele dia 13 de maio, a polícia cercara desde cedo a praça e prendera estudantes e líderes políticos locais - como o economista Rômulo Almeida e Domingos Leonelli, atual secretário de Turismo da Bahia.
Diante de um grupo de policiais armados com fuzis e munidos de cachorros ferozes usados para ameaçar os manifestantes, Ulysses soltou o brado que se tornaria famoso: "Respeitem o líder da oposição". Em seguida, com o braço levantado, rompeu a barreira policial e entrou na sede do MDB. Pouco mais tarde, de uma das janelas do velho casarão, discursou para quem não pode entrar junto com ele:
- Soldados da minha pátria! Baioneta não é voto e cachorro não é urna.
É uma pena, mas já não se fazem líderes políticos com a coragem, a bravura cívica e a capacidade de se indignar de um Ulysses.
As fotos que acompanham esta nota são de Luciano Andrade. Na época, ele trabalhava no jornal Tribuna da Bahia. Depois trabalhou na VEJA, IstoÉ e Jornal do Brasil." [...]

. Se quiser ler o texto diretamente no Blog do Noblat, onde encontrará outras fotos históricas, clique no link abaixo:

Que falta faz Ulysses! - Ricardo Noblat: O Globo Online

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