Este artigo, que copiei do site da HSM Management, é bastante diferenciado dos que tenho publicado aqui no blog. Além da qualidade superior do autor, Dr. Marshall Goldsmith (veja apresentação ao final do post), o tema é instigante. Eu pelo menos ainda não havia refletido dessa forma antes de ser provocado pelo artigo.
Aliás, quem de nós gosta de pensar em arrependimento? Nossa cultura impede que tenhamos esse tipo de... fraqueza. Arrependimento lembra erros cometidos e isto sempre foi um anátema na educação ocidental. Entretanto, o texto apresentado nos leva a pensar no assunto sem quaisquer arrepios.
Aliás, quem de nós gosta de pensar em arrependimento? Nossa cultura impede que tenhamos esse tipo de... fraqueza. Arrependimento lembra erros cometidos e isto sempre foi um anátema na educação ocidental. Entretanto, o texto apresentado nos leva a pensar no assunto sem quaisquer arrepios.
Sugiro que leia o artigo com espírito aberto e a mente voltada à reflexão - se você já está ouvindo os ecos da aposentadoria. Se estiver iniciando sua trajetória na olimpíada corporativa, procure encontrar no texto algumas lições que, certamente, lhe serão úteis.
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(Imagem do artista Dan Tero no site GettyImages)
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"Quais são os grandes arrependimentos que as pessoas levam consigo ao encerrar suas carreiras?
Essa é uma ótima pergunta. Uma pessoa sábia aprende com a própria experiência vivida e com a de outras pessoas também. Logo, a melhor forma de responder a essa questão é perguntando a quem já passou por essa etapa.
John Izzo é autor de um livro chamado "Os cinco segredos que você precisa descobrtir antes de morrer". A obra é baseada em 250 entrevistas realizadas junto a pessoas cuja faixa etária variou de 59 a 106 anos de idade. Os entrevistados foram solicitados a refletirem sobre suas vidas e carreiras. Embora a amostra fosse bem diversa, variando de barbeiro a CEO, os temas que emergiram foram claros.
A primeira conclusão que o autor tirou é que as pessoas não se arrependem de seus fracassos e que a maioria lamenta não ter arriscado mais. Muitos seguem as carreiras com medo de fracassar, mas Izzo descobriu que tentar e falhar é algo com o qual conseguimos lidar.As pessoas mais felizes sentiram que tentaram realizar seus sonhos e cresceram, tanto na vida pessoal quanto profissional. Logo, parece que nos arrependemos mais por não ter tentado realizar um sonho do que falhando ao fazer isso.
Isso é especificamente interessante porque a maioria de nós pensa que fracassar é a pior coisa que pode acontecer mas, no final das contas, não tentar ou permanecer na zona de conforto de nossas carreiras é exatamente o que nos preocupa.
O balanço entre vida profissional e pessoal é, atualmente, um tópico tão relevante no mundo dos negócios que eu, particularmente, fiquei interessado em saber de que maneira essas entrevistas poderiam nos ensinar a conduzir as escolhas que fazemos.
O que Izzo descobriu é complexo: enquanto muitas pessoas se arrependem de ter se focado muito no trabalho, em detrimento dos relacionamentos e buscas pessoais, outros fizeram o mesmo sacrifício mas não se arrependem. O pesquisador diz: “O que ocorre é que ao navegarmos pelas escolhas disponíveis para balancear vida profissional e pessoal, todos nós temos uma voz interior conversando conosco. Àqueles que essa voz diz que há excesso de sacrifício ou que não estão sendo verdadeiros consigo, os arrependimentos são profundos”.
Resumindo: se você acha que o binômio trabalho-vida pessoal não está funcionando direito, é porque provavelmente não está mesmo.
Nas entrevistas, muitas pessoas disseram que consideram importante aprender e crescer na vida professional e que quanto mais nos mantemos aprendendo, mais sucesso obtemos. “Basicamente, essas pessoas nunca ficaram presas a rotinas; estavam sempre tentando aprender com pessoas mais experientes e inteligentes”, diz Izzo.
O item mais importante que o autor aprendeu sobre “os arrependimentos” é a importância de sermos verdadeiros com nós mesmos. Muitos entrevistados disseram que, olhando para trás, sentiam ter sido muito influenciados pela opinião dos outros. Disseram como era absolutamente crítico seguir sua própria definição de sucesso. Por exemplo, não aceitar a promoção ou emprego porque outros disseram que essa é a ordem natural das coisas ou perguntar a si próprio se esse é o passo que deseja tomar.
Uma última lição aprendida das pessoas entrevistadas: status e poder não são aquilo do qual irão se lembrar quando olharem para trás. Em vez disso, muitas pessoas disseram que são as coisas para as quais se doaram e as pessoas cujo crescimento tiveram sua contribuição, que darão a elas a sensação de satisfação.
Por fim, o comentário do barbeiro entrevistado: “A definição de sucesso não é representado pelo dinheiro na sua carteira e sim pelo número de almas que você tocou."
Uma curiosidade: tanto o barbeiro quanto o CEO entrevistados pensam da mesma maneira sobre isso."
(Fonte: Harvard Business On-line – junho de 2008)
(Fonte: Harvard Business On-line – junho de 2008)
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*Dr Marshall Goldsmith é um pensador e escritor com muitos livros publicados e uma autoridade mundial em prestar consultoria, dirigida ao sucesso, para mais importantes líderes das grandes corporações internacionais.
Recentemente, The Times de Londres considerou Marshall Goldsmith um dos 50 principais pensadores mais influentes, ainda vivos, no mundo da gestão. A American Management Association o apontou como um dos 50 grandes pensadores e líderes que têm influenciado o campo da gestão ao longo dos últimos 80 anos e a Business Week o indicou como um dos mais influentes profissionais da história da liderança e do desenvolvimento pessoal.
Nota de Rodapé - Leia no link a seguir o artigo no contexto do site onde se encontra: Do que você irá se arrepender?
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