"Pense em 1789 e você logo imaginará o início da revolução francesa. No século XX, 1945 entrou para a História como o marco do fim da Segunda Guerra Mundial e 1989 carrega a lembrança da queda do Muro de Berlim. Todos esses anos têm eventos tão únicos e extraordinários associados a eles que é fácil saber de imediato o que representam. No entanto, nenhum deles possui a aura de magia que acompanha 1968. Quarenta anos depois, 68 continua enigmático, estranho e ambíguo como um adolescente em crise existencial. Ele foi o ano da livre experimentação de drogas. Das garotas de minissaia. Do sexo sem culpa. Da pílula anticoncepcional. Do psicodelismo. Do movimento feminista. Da defesa dos direitos dos homossexuais. Do assassinato de Martin Luther King. Dos protestos contra a Guerra do Vietnã. Da revolta dos estudantes em Paris. Da Primavera de Praga. Da radicalização da luta estudantil e do recrudescimento da ditadura no Brasil. Da tropicália e do cinema marginal brasileiro. Foi, em suma, o ano do “êxtase da História”, para citar uma frase do sociólogo francês Edgar Morin, um dos pensadores mais importantes do século XX. Foi um ano que, por seus excessos, marcou a humanidade. As utopias criadas em 68 podem não ter se realizado. Mas mudaram para sempre a forma como encaramos a vida.
O cantor americano Bob Dylan disse recentemente que 1968 foi o último ano em que todas as utopias eram permitidas e que hoje em dia “ninguém mais quer sonhar”. Numa simplificação, pode-se afirmar que o período simboliza a utopia de milhões de jovens rebeldes e cabeludos de acabar com a moral repressora da velha sociedade. Por si só, isso já seria grande o suficiente. Mas foi só isso? Para o escritor e jornalista Zuenir Ventura, autor de 1968 – O Ano Que Não Terminou, serão necessários muitos anos para que se entenda seu legado. “Ainda ninguém explicou por que tudo aconteceu naquele ano e de que forma o mundo absorveu os impulsos revolucionários daquela geração." [...] (Texto copiado do site da Revista Época. Para ler na íntegra clique aqui.)
Este é o quarto e último vídeo da série "1968 - Um Ano de Transformações" que a equipe do Programa Arquivo N, da GloboNews, está apresentando a cada semana, às quartas feiras.
Como no posts anteriores [1968 - Um ano de transformações - (1), 1968 - Um ano de transformações - (2) e 1968 - Um ano de transformações - (3)],tive que dividir o programa em dois vídeos por conta de limitações do Blogger. O último episódio da série sobre 1968 faz uma reflexão sobre os impactos de 1968 sobre os anos vindouros.
A GloboNews acertou em cheio ao produzir esta série e a Oficina de Gerência em aproveitá-la para os seu leitores. Não tenho dúvidas em dizer que os posts de "1968 - Um ano de transformações" são pontos altos do blog.
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.......... BBC/Português
.......... Portal Terra/Zuenir Ventura
.......... História/Voltaire Shilling
.......... http://especiais.globonews.globo.com/68/category/personagens-de-1968/
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