.
A Cinderela Corporativa - Um Conto Empresarial .
Por Wagner Campos (Especialista em Marketing, Consultor e Palestrante)*
"Conta a história infantil que o pai de Cinderela havia ficado viúvo e em seguida se casou com uma mulher que possuía duas filhas. Esta mulher fazia pouco caso de Cinderela e a tratava com indiferença, obrigando-a a realizar todos os afazeres domésticos e vestir roupas velhas e rasgadas, enquanto suas filhas eram criadas como princesas.
Certo dia foram convidadas para um baile na casa do príncipe e Cinderela não poderia ir, pois além de ter que fazer as tarefas domésticas, também não possuía vestido para a festa. Como toda boa história que se preze, apareceu a fada madrinha que com sua varinha de condão transformou os ratos em cavalos, uma abóbora em carruagem e deu um lindo vestido e sapatos de cristal para Cinderela.
Mas havia uma condição: ela teria que voltar à meia noite. Chegando ao baile o príncipe imediatamente se apaixonou por Cinderela e dançou a noite toda somente com ela. De repente, Cinderela se deu conta de que já era meia noite e saiu correndo para não perder o encanto.
Nesse corre-corre desesperado, deixou o sapatinho de cristal cair. O príncipe o achou e procurou por todo seu reino quem teria o pé delicado que se encaixasse naquele sapatinho e quando encontrou Cinderela, mesmo toda maltrapilha na casa de sua madrasta, pediu-a em casamento e viveram felizes para sempre.
No mundo corporativo também encontramos “Cinderelas”, “príncipes” e “fadas madrinhas”. Podemos visualizar como “Cinderela” aqueles colaboradores que estão na organização há um bom tempo e sempre desempenham bem seus papéis. Algum dia serão contratados novos colaboradores (madrastas), que muitas vezes ocuparão cargos superiores aos da “Cinderela” e trarão junto suas filhas (seus vícios e habilidades a serem conhecidos), não dando atenção e valor aos profissionais que sempre contribuíram para o sucesso da empresa até aquele momento.
No intuito de apresentarem resultados, antes de conhecerem a estrutura real da empresa, o histórico, as opiniões e o funcionamento, delegam aos colaboradores tradicionais, tarefas que mudam radicalmente a rotina, sem explicar quais serão as vantagens, as razões e os benefícios (caso existam), deixando-os assim desmotivados e se sentindo desvalorizados. Estes percebem que por mais que tentem sugerir algo, não serão ouvidos, pois o funcionário “madrasta” não teve a preocupação de conhecê-los e teme que os colaboradores “Cinderelas” possam realmente possuir uma beleza superior à de suas filhas (vícios e habilidades), ou seja, possam apresentar rotinas e procedimentos adequados, aptidão e competência diferenciadas até mesmo superiores às dele.
Como se fosse um encanto de uma fada madrinha, surge uma oportunidade criada pela organização, um colaborador tem a oportunidade de apresentar sua sugestão, projeto ou idéia que ao ser analisada, verifica-se que irá gerar grandes resultados para a empresa e por isso é recompensado com uma promoção, ocupando assim uma posição hierárquica semelhante ao de sua “madrasta”. É como se fosse o momento do baile, onde o príncipe dançou somente com “Cinderela” e apaixonou-se e se casou com ela. O detalhe é que a “madrasta” e “Cinderela” terão que trabalhar em equipe e “Cinderela” tem o “coração” do príncipe, ou seja, já obteve resultados significativos para a empresa, enquanto a “madrasta” apenas conseguiu desmotivar sua equipe. A “madrasta” saberá viver em harmonia com a “Cinderela”?
O aproveitamento de profissionais da equipe existente é saudável, motivador e um grande diferencial que a empresa pode oferecer. A contratação externa poderá propiciar novas formas de analisar o mercado e trazer maior energia para a equipe, mas precisa ser bem aceita e o líder deve desejar fazer parte da equipe e não apenas ser “responsável” por ela.
Conforme a história inicialmente apresentada, com tantas dificuldades e rejeições sofridas, Cinderela não desistiu de seu sonho de ir ao baile. Realizou diariamente suas atividades até o momento em que a oportunidade lhe trouxe a fada madrinha para salvá-la. Se tivesse fugido de casa para não conviver mais com aquela indiferença, o final da história teria sido diferente, sem príncipe, sem baile, sem castelo e sem final feliz.
Prof. Wagner Campos é Palestrante e Conferencista em Vendas, Motivação e Liderança. Administrador de empresas, pós-graduado em Marketing, Comunicação e Negócios e em Ensino Superior. Possui experiência há mais de 12 anos na área, tendo desenvolvido experiência em empresas renomadas como Cia Cervejaria Brahma, Unibanco, Multibrás Eletrodomésticos, Bebidas Wilson e Sebrae. É autor do Livro "Vencendo Dia a Dia" e Coordenador dos cursos de Marketing, Logística Empresarial, Recursos Humanos e Comércio Exterior e Professor de Marketing da Universidade Paulista - UNIP e Coordenador e Professor de Marketing do Grupo Unianhanguera Educacional. Contato: wagner@trueconsultoria.com.br, site http://www.trueconsultoria.com.br/, Fone para contato: (19) 3444-9599.Leia o artigo completo, no contexto do site original clicando no link a seguir: A Cinderela Corporativa - Um Conto Empresarial
.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Convido você, caro leitor, a se manifestar sobre os assuntos postados na Oficina de Gerência. Sua participação me incentiva e provoca. Obrigado.