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Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira, 25, um programa para conter a incidência de Aids e outras doenças sexualmente transmissíveis (DST) entre gays e travestis. O motivo que levou o governo a criar o projeto foi o crescimento no número de pessoas que contraíram essas doenças nos últimos anos.
Segundo um boletim do Ministério da Saúde, os casos de Aids tiveram um aumento de 17%, entre homossexuais e bissexuais de 13 a 24 anos, se comparado os anos de 1996 e 2006. Já entre pessoas de 25 a 29 anos, o crescimento foi de 11%, neste período. Apenas na faixa etária entre 30 e 39 anos houve uma queda na quantidade de pessoas que contraíram a doença: de 30%, em 1996, para 28%, em 2006.
Com o título "Faça o que quiser, mas faça com camisinha", o programa tem oito objetivos voltados para gays e seis para travestis. As prioridades do plano são a redução das vulnerabilidades associadas à orientação sexual, a garantia do acesso à prevenção da Aids, a ampliação de informações sobre essa população e a garantia de ações nas três esferas de governo.
Serão distribuídos 100 mil cartazes adesivos e 500 mil folhetos com informações sobre DST, Aids e o uso correto do preservativo, em locais que o público-alvo tenha acesso, como bares, boates, festas e espaços de freqüência gay, além de organizações da sociedade civil que trabalham com o público.
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Maior incidência
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Estudos do governo, feitos em 2004, estimam que a taxa de incidência de Aids na população homossexual brasileira é 11 vezes maior que na população geral. Isso indica 226,6 casos a cada 100 mil habitantes entre gays, enquanto na população heterossexual ocorre 19,5 casos a cada 100 mil pessoas.
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Esta campanha do MS não me parece oportuna. Obviamente não quero desqualifica-la pois qualquer campanha contra os flagelos que afligem a humanidade são meritórias.
Na minha opinião, entretanto, quando dezenas de pessoas - crianças incluidas - estão morrendo no Rio de Janeiro, por conta da dengue, lançar uma campanha contra AIDS dirigida exclusivamente aos gays e travestis vai, no mínimo, "se perder na multidão". Ainda mais com um banner tão... fashion. Não me pareceu de boa escolha apresentar um gay em pose lasciva (aliás um plágio do filme "American_Beauty"), para conscientizar aqueles grupos de risco a se prevenir contra a AIDS. Achei o banner preconceituoso e desfocado do objetivo.a que se destina.
Sinceramente, espero que a campanha atinja seu objetivo, mas fica o registro do seu inoportunismo e falta de foco.
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Esta campanha é pra ser colocada em bares, saunas e clubes gays. Talvez por isso o apelo. Sobre a fora de hora para lançamento da campanha, os ativistas também reclamaram, porque essa campanha era pra ser lançada no dia 01 de Dezembro, dia mundial contra a aids. Uma boa iniciativa mas com muito atraso.
ResponderExcluirÉ necessária também uma campanha sobre a tuberculose, hanseníase e meningite que avançam pelo país.
Beijus